v.t. Passar por cima; passar além; ser ou ficar superior; sobrelevar-se: superar a expectativa. / Vencer, subjugar, dominar, dobrar: superar a resistência do adversário. / Fazer desaparecer, remover, resolver: superar todas as dificuldades.
O fato é que Superação, para nós, significa tudo isso e mais um pouco, pois se trata da grande gincana anual da escola das Chicas. Superação chegou e foi um sucesso. Como sempre!Esse ano com esquema diferenciado dos outros anos. Foram 3 dias de disputas entre todas as equipes e o encerramento no sábado a noite.
No primeiro dia, sempre aquela agitação, aquele movimento e preocupações pertinentes ao momento. Confesso que ao deixá-las com suas equipes me preocupei, além de ser muita gente, muito barulho, muita agitação, as duas meninas estavam doentes; Lu se sentia toda dolorida pela gripe e um pouco de sinusite. Elisa estava levemente febril. Seria o momento de tomar um decisão: privá-las da superação pra cuidar ou medicar com algo pra dorzinha e febre e deixá-las vivenciar o momento? Meu coração de mãe dizia: "fica com essas meninas em casa", minha razão, também materna, dizia: "elas vão superar". Acabei perguntando a elas o que queriam fazer e, como se eu não soubesse a resposta, elas decidiram sem pestanejar: "superação, é claro!" Deixei um tyllenol com cada uma e rezei pra tudo dar certo. E deu.
Pelo menos elas se sentiram muito bem no primeiro dia, animadas nem perceberam seus sintominhas que tanto me preocupavam. Quando fui buscá-las no final da primeira manhã estavam eufóricas, falantes, ensopadas, sujas de barro e incrivelmente felizes. Disputavam qual equipe era melhor, disputavam quais provas mais "fera" tinham feito pela manhã, mas tudo muito saudável. Um clima que contagiava quem passasse por perto, bandanas amarradas com orgulho, grito de guerra na ponta da língua e uma expectativa pelo dia seguinte quase difícil de controlar.
Equipe da Lis "onça pintada". Animados, eles se pintavam todos os dias, talvez para lutarem como onças pelo título! |
Pitty, o fotógrafo, atento a todos os lances, sobretudo os inusitados. Parceiro de belas imagens, né Pitty? |
Prof. Úrsula concentrada, Lis e amiguinha Bia atras pensando em algo sério, suponho! |
Ah! Valéria e Wanessa, parceiras desde outros carnavais, ou superações, em equipes diferentes, mas com a mesma garra alegria e amizade. MUITO queridas. |
O início do terceiro dia foi "osso duro de roer" todo mundo cansado, ânimos exaltados e muita vontade de vencer. Fiquei lá um pouco, fotografei outro pouco e o que senti é que, apesar dos cansaços, febres, gripes e consequencias físicas do esforço, ninguem esmureceu. Todos se superavam, no sentido clássico, e foi de uma das meninas que ouvi a frase: "tenho que ir, mesmo se meu corpo doer, eu tenho que ir, minha equipe espera por mim"; Fico pensando que, talvez, essa garra toda faça parte do processo de transformação a que, didaticamente, o superação deve se propor. Transformação no sentido de pegar uma criança ainda em formaçao de personalidade e dar a ela o espírito de equipe, de luta, de conquista ou de batalha.
Reflito sempre sobre uma cena que se repete no dia a dia , no ambiente escolar, onde percebo crianças ansiosas não por terem a patologia, mas por serem reflexos da vida em que estão sendo submetidos. Não é justo responsabilizar somente um lado, por isso penso que a "construção" da personalidade passa, e muito, pelas vivencias diárias, sejam em jogos de superação, sejam nas dificuldades de alfabetização, seja no treino depois da aula, ou em qualquer manifestação que tenha relevância na vida da criança. Essa construção é, por definição, algo conflitante ( e caberia aqui umas tres teses só sobre isso); a transição da vida de bebe/criança para "ser pensante e participante do meio em que vive" causa conflitos, e só por conflitos é possível alcançar o crescimento. Em determinado momento essa tensão vai deixar no aprendiz uma insegurança. Nesse processo ele tem que estar estruturado emocionalmente, preparado para o mundo e suas contradições e exigencias. Bom, nesse momento acredito que o papel da escola que propôs a socialização (atraves da seriedade e disciplina que é brincar com os amigos; de ser equipe, de contar e ser solicitado, e de muitas outras formas psicomotriciais), haverá de ser grande, e jamais esquecido.
Talvez seja esse o grande ganho da gincana, uma brincadeira com muitos fundos de verdade, levada a sério pela coordenação, direção, professores, funcionários, alunos e famílias.
Uma observação, antes que me lembrem : eu e a Lu fomos participar de uma prova com o ovo. Bom, não consegui pegar o ovo, apesar dele (o ovo) não ter quebrado, a equipe perdeu esse ponto. Faz parte da vida ganhar e perder... muitas vezes é perdendo que se ganha. Voltei pra casa com um quarto lugar na equipe da Luísa (mico leão dourado) e um primeiro lugar da equipe da Lis (onça pintada). Acredito mesmo que todos foram vencedores e parabenizo a todas as equipes.
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Bastidores.
Não posso deixar de registrar um momento muito marcante e que ninguém, praticamente, presenciou.
Na tarde de sexta feira, fui acompanhar Lis na aula de artes, que é feita na fazendinha da escola. A escola obviamente estava vazia de pessoas, os participantes estavam descansando pro encerramento de sábado. Vazia de pessoas, não de sentimentos; pois passando pelo ginásio de esportes, a equipe de funcionários estava dando o suor e mais um pouco de garra para preparar o cenário do encerramento. Uma parafernalha de árvores gigantes, painéis , cordas, folhas, balões, som, luzes... um vai e vem de coisas e pessoas.
No meio da quadra uma balarina se equilibrava na ponteira de uma das sapatilhas e na mão uma bola, solitária parecia se concentrar no que, no dia seguinte, seria um grande espetáculo.
É muito bacana chegar a um local lindo e maravilhosamente decorado, mas eu digo de carteirinha que mais lindo é ver ele sendo montado. A absurda dedicação em cada gesto. Bacana passar por lá, cumprimentar as pessoas e, apesar do cansaço de cada um deles, ser bem recebida.
Foi nessa hora, também que eu pude perceber que as energias que rondam a superação vão muito além dos calores das equipes, ou dos ânimos. Supera-se expectativas, previsões e até o que estava programado parece ganhar um brilho a mais. Chamo esse brilho de alegria.
Não posso encerrar o post sem mencionar o espetáculo do corpo de dança no final. Sem descrições, sem palavras, simplesmente emocionante. Não tive condições de fotografar pois a máquina descarregou a bateria (claro!). Juntamente nos foi apresentado um espetáculo musical que deixou a todos emocionados, arrepiados e encantados., sobre esse assunto eu quero escrever um post exclusivo, pois eu digo: nunca vi uma coisa tão bacana! parabéns aos cantores (Sò reconheci a Gisele ,vestida de mico leão dourado, e o Renato, vestido de lobo, mas vou me informar mais a respeito, peço aos leitores que aguardem os próximos capítulos. kkkk
No meio da quadra uma balarina se equilibrava na ponteira de uma das sapatilhas e na mão uma bola, solitária parecia se concentrar no que, no dia seguinte, seria um grande espetáculo.
É muito bacana chegar a um local lindo e maravilhosamente decorado, mas eu digo de carteirinha que mais lindo é ver ele sendo montado. A absurda dedicação em cada gesto. Bacana passar por lá, cumprimentar as pessoas e, apesar do cansaço de cada um deles, ser bem recebida.
Foi nessa hora, também que eu pude perceber que as energias que rondam a superação vão muito além dos calores das equipes, ou dos ânimos. Supera-se expectativas, previsões e até o que estava programado parece ganhar um brilho a mais. Chamo esse brilho de alegria.
Não posso encerrar o post sem mencionar o espetáculo do corpo de dança no final. Sem descrições, sem palavras, simplesmente emocionante. Não tive condições de fotografar pois a máquina descarregou a bateria (claro!). Juntamente nos foi apresentado um espetáculo musical que deixou a todos emocionados, arrepiados e encantados., sobre esse assunto eu quero escrever um post exclusivo, pois eu digo: nunca vi uma coisa tão bacana! parabéns aos cantores (Sò reconheci a Gisele ,vestida de mico leão dourado, e o Renato, vestido de lobo, mas vou me informar mais a respeito, peço aos leitores que aguardem os próximos capítulos. kkkk
Seria o retrato da ansiedade? ou da preocupação? No que pensa Tio Bruno? |
Tio Bruno e a lama , parece coisas que se atraem, eu heim.... kkkkk brincadeirinha, o professor estava vindo de uma prova , não queria nem conversar. cansado? imagina.... |
A Lis tá nessa muvuca aí, saiu puro barro, ensopada e rindo a toa... |
Pitty, mandando ver nas melhores fotos |
Estagiárias da Educação Física com Alisson, mestre mor, e o ovo da equipe. Quebra pra ver... |
Equipe Mico Leão Dourado - prova do trator, muita garra. Lulu estava lá. |
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