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quarta-feira, 15 de outubro de 2014

15 de outubro/14

Sejamos claros: filhos são educados em casa e a escola cumpre o papel de ensinar o formal exigido pelo MEC. Certo? Não sei, tenho cá minhas dúvidas... é certo que somos, os pais, os primeiros educadores de nossos filhos, especialmente no que se diz do trato social e educação silenciosa, dada com exemplos.. Mas a pessoa que essa criança vai se tornar, dependerá também dos ambientes e informações que recebe onde ela mais frequenta: a escola. Lá estão os maiores e melhores laços de amizade das crianças, lá estão as grandes descobertas da vida, lá talvez estejam até os primeiros amores, Então não acho justo rotular os professores apenas como "passadores de conhecimento", a eles cabe boa parte da formação de nossos filhos... A eles nós confiamos as cabecinhas inquientas e sedentas por conhecimentos e confiamos no resultado que virá no final do processo. Aos professores confiamos nossas fraquezas mais íntimas, confiamos um pedaço (enorme) de nosso coração (aquele que bate fora do nosso corpo).
Sim, existem no caminho aquele professor que se limitou a ter uma relação profissional com o aluno e família, este também deve ser respeitado, pois tem sua parcela nesse processo.
"(...) Ser mestre é ser ‘perito’ em determinado campo do conhecimento, instrutor, orientador, guia, conselheiro, mediador, pacificador, amigo e companheiro. É sonhar o sonho dos aprendizes e ser exemplo de dedicação, respeito, doação, ética, moral, humildade, paciência, justiça, amor ao próximo, dignidade etc. É ser um pouco de profeta, poeta, pai, mãe, irmão, terapeuta, psicólogo entre tantas outras coisas (...).
Ser mestre é ser muito mais do que apenas bacharel, licenciado, professor, docente ou educador. Ser mestre é saber compartilhar experiências e saberes, alegrar-se com as conquistas dos alunos e apoiá-los em seus momentos difíceis. É ser ensinante-e-aprendente, isto é, dodiscente. Mas, é também ser apóstolo, discípulo, missionário; e usar de autoridade quando necessário, sem autoritarismo.
Nesse contexto, o mestre que caminha à sombra do templo rodeado de discípulos não dá somente de sua sabedoria (conhecimento teórico e prático), mas também de sua fé e ternura. Se ele for verdadeiramente sábio, não os convidará a entrar na mansão de seu saber; mas, antes, os conduzirá ao limiar de suas próprias mentes. Sendo assim, pode-se dizer que mestre não é aquele que simplesmente apresenta um caminho novo, mas aquele que mostra como algo novo o jeito de caminhar.
Dizemos isso, porque há mestres de todo tipo: uns que nos falam e nós não ouvimos; alguns que nos tocam e não sentimos; outros que nos “ferem” e nem cicatrizes deixam. Mas, há também aqueles que marcam profundamente, com palavras e ações, a vida de seus alunos. Ser mestre é coisa séria! Uns são apenas homens; outros, professores; poucos são verdadeiramente mestres. Aos primeiros, escuta-se; aos segundos, respeita-se; aos últimos, segue-se.
De uma forma ou de outra, é necessário agradecer a todos: aos que se limitam a ser apenas professores ou somente mestres, nosso respeito; àqueles que simplesmente passam pela vida de seus alunos, nossa compreensão; e àqueles que são mestres por excelência, que dedicam parte de seu precioso tempo e contribuem com sua experiência de vida pessoal, acadêmica e profissional para a formação de cidadãos críticos, reflexivos, criativos, conscientes, responsáveis e comprometidos com a construção de uma sociedade cada vez mais justa, fraterna, equânime e democrática; nosso afeto.
Que possamos, pois, assumir com amor e afinco o grande desafio que constitui o ato de educar, de tudo contribuir no sentido da humanização da Ciência e de fazer dos educandos o centro de nossa missão como mestres, respeitando-os como seres únicos e ajudando-os a caminhar de modo independente pelas estradas da vida.
Face ao exposto, vê-se quão difícil e gratificante é a tarefa de ser mestre. É uma profissão de extrema importância. Ser mestre é fazer parte da história de ontem, de hoje e do amanhã. Enfim, ser mestre é ser um pouco de tudo isso e muito além disso.(...)"
A todos os nossos AFETOS, minha eterna gratidão por fazerem parte de nossa vida, nosso mundo e contribuírem para a formação das duas almas que a mim foram confiadas nesse mundo!    Com muito carinho e enorme ORGULHO de ser parceira nessa história,
beijos, Paty 
(pra sempre a "mamãe das Chicas"