Pois é, tivemos uma nova edição essa semana. De novo a escola se coloriu em equipes, se transformou em quebra-cabeças e mega desafios. Foram 16 provas (fora as do encerramento, mais festivas), que deixaram as crianças muito cansadas e muito felizes. Acompanhei de perto (não como mãe*, antes que me julguem), mas como blogueira e parceira da escola; tentei ficar de longe só mesmo para sentir as energias... e como tem energia circulando no espaço, seja em megafones barulhentos, seja em crianças apitando, seja em coordenadores ficando rocos. Impossível não se envolver, não se empolgar, não se entregar à delícia que é brincar, jogar e interagir. De longe eu observava crianças superando os medos, conseguindo realizar tarefas e literalmente superando seus limites, sem dúvida o crescimento que se ganha nesses dias vai muito alem do simples prazer de brincar. A superação atinge seu objetivo literal, quando permite que as equipes se esforcem para conseguir os objetivos. Um "viva" aos pequenos que conseguem superar algo ainda maior do que qualquer prova, eles superam inseguranças! Acho a "dinâmica de ajuda" fantástica. Os maiores ajudam e protegem os menores, ninguém fica de fora, nem quem tem deficiência, aliás acho que esses se superam mais ainda, são de fato vencedores.
A escola inteira se prepara, existe cuidado e atenção em todos os detalhes, existe envolvimento de professores e funcionários dentro e fora das equipes, existe compromisso da instituição lassalista com a segurança. Acho tudo muito interessante e brilhantemente costurado, uma prova disso são as cestas de frutas espalhadas pelos caminhos das provas (ou seja, as crianças e adolescentes se esforçam e depois se hidratam, pois ficam várias frutas a disposição e água para quem quiser) e os brigadistas, médicos e dentistas de plantão.
Se engana quem pensa que a escola perde 3 dias letivos com brincadeiras, no meu ponto de vista a escola ganha 3 dias de interação, esforço e ensino extra-classe. Tem quem leve tudo na esportiva e está errado, pois o objetivo é (também) trabalhar seriamente em equipe. Tem quem leve muito a sério e está errado também, pois com suavidade até o jogo mais ferrenho se torna um balé (aliás, o balé é sempre aquela coisa suave e forte, unindo os dois pontos da mesma verdade). Vivenciei minhas meninas crescendo, percebi a indignação quando alguma prova não era cumprida a contento, vibrei com a alegria delas de terem conseguido dar mais um passo adiante.
O encerramento foi algo que me deixou entre a cruz e a espada. Os pais são convidados a integrar as equipes dos filhos, mas eu não poderia, tenho duas filhas, em duas equipes distintas, e o papai está viajando... Esse problema nós resolvemos migrando todas para a equipe de uma delas, foi meio estranho, mas foi a única maneira de participarmos juntas. E acabou dando certo pois as duas vibraram pelas duas equipes e eu pude ficar com elas e aproveitara festa de encerramento que aliás, vamos combinar, foi espetacular. Eu não sabia bem ao certo se estava numa academia, numa boate temática ou superação.
O salão de eventos estava lindo, parecia uma academia (vamos dizer que uma academia melhorada, né?), as equipes mega animadas. Foi um encerramento emocionante, uma alegria que contagiava, aproveitamos muito,dançamos, cumprimos tarefas, vibramos, torcemos e choramos. Sim, um choro de libertação das meninas que não conseguiram nenhuma classificação premiada, mas ganharam algo muito valioso: a certeza de que fizeram sua parte, a certeza de que cumpriram mais uma missão e fizeram pelas equipes o que deveria ser feito. Valeu a pena e ano que vem tem mais.
E assim foi o superação 2012, cheio de histórias dentro de cada equipe; cheio de trabalho para quem participou, cheio de vontade para quem ficou de fora...
As fotos eu peço que vejam no site da escola, é mais seguro por conta dos direitos autorais, apenas vou publicas as autorizadas, ok?
um pato que fugia de uma das provas... |
o banho... e que banho... a prova do sopro é dura! |
o chinelão... e dá-lhe tombo... |
pós prova do sopro, ensopada, enlameada e absolutamente feliz! |
Prof. Renato, que animação é essa? |
Galera animadíssima da equipe Roxa:Pamalla, Lorys, Gardhenia (a rainha Fujii) e Renato, o protetor do megafone |
Patrick, direto da fenda do biquini, uma ótima revelação da superação 2012 com a Chica caçula, cansados??? imagina!!! |
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*sempre serei mãe coruja (entenda mãe coruja aquela mãe que zela sem sufocar, porque nesse caso eu não seria coruja, seria boba!) , mas procuro não cometer o erro de tolhir a independência delas e nem de impedir que cresçam em tamanho e em autonomia. É o momento delas se superarem como crianças, transformando-se, e talvez seja o melhor exemplo a ser seguido por nós, mães. Sempre me lembro da frase que ouvi há alguns anos: "ser protetora é quase um risco...". Faz sentido porque as pessoas mais bem resolvidas e seguras na vida adulta são aquelas que receberam amor e muita confiança enquanto crianças. E confiar em um filho passa pelo caminho de deixá-lo SUPERAR em todos os sentidos, crescendo (Amém!).