respeitos e covardias

Quando eu era criança existia uma "moda feia" de escrever cartas anônimas denunciando algo ou simplesmente ofendendo alguém.  Conheço muitas pessoas que tiveram a moral abalada com essa estupidez. Hoje em dia a moda feia é criar perfil falso em redes sociais...
 O objetivo de quem assim se comporta é o mesmo dos antigos e malfadados anônimos: prejudicar. Nesse mundo tem de tudo e muito, tem gente que veste pele de cordeiro e se comporta como lobo, tem gente que é lobo e nem faz questão de esconder, tem quem seja cordeiro, mas esses dificilmente estão envolvidos em qualquer discussão. Conheço gente que se expõe para reafirmar seus ideais, por não achar justo que o mundo seja como é. Conheço gente que se expõe sem saber porque, mas mesmo assim dão a cara a tapa e tentam fazer alguma coisa. Conheço gente que não tem coragem de mudar nada na vida e passam toda uma existência reclamando e apontando erros alheios e tem um tipo muito estranho, o hipócrita, que sorri com docilidade mas arma pelas suas costas.
Se eu for falar dos tipos de gente que encontrei nessa vida, seria preciso uma biblioteca toda porque nos deparamos e conhecemos pessoas de maneiras e comportamentos diferentes o tempo todo. Mas tem algo que une todos os tipos de pessoas: a humanidade e suas imperfeições.
Somos feitos humanos imperfeitos por um único motivo: para aprendermos a ser pessoas melhores. Pobres são os que não conseguem melhorar e miseráveis são os que apontam as falhas alheias...
Covardia é o nome que dou para a pessoa que aponta o dedo e esbraveja alguma maldade contra outra pessoa. Dissimulação é o nome que uso para pessoas que falam entre os dentes e um sorriso falso, as ofensas mais perversas. Estupidez é o que eu designo para o ato da pessoa destilar veneno esperando que o outro morra e esquecendo que, quem destila é sempre o primeiro a provar.
Respeito é a palavra mais linda de ser usada e ela tem que valer para todos. Ninguém é obrigado a gostar, mas todos são obrigados a respeitar. As pessoas tem histórias de vidas muito diferentes, caminham por caminhos diferentes, fazem escolhas diferentes. Se elas compartilham em algum momento da nossa convicção, acho que fica tudo bem. Mas se elas não compartilham.... hum... aí é preciso respeitar. Para entender a vida de uma pessoa, é preciso usar as sandálias que ela usou e percorrer o mesmo caminho, como diria Clarrice Lispector, aí poderá julgar. Todos nós, humanos, somos passíveis de erros, de acertos e de arrependimentos.

Fica aí a reflexão.

Em tempo: eu não estou brava com ninguém especifico, mas como o blog tem também o objetivo de deixar algum conselho bom pras minhas filhas... que essas palavras não fiquem perdidas no meu pensamento. É uma maneira de verbalizar o que acontece com as pessoas as vezes. Pode ser útil a alguém!