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domingo, 7 de novembro de 2010

Cantando e Encantando

Na escola das Chicas acontece a apresentação anual de um musical, sempre dirigido pelo professor de teatro Diego Wanucci. Todos os anos essa apresentação funciona como a “lavada de alma”, depois de um ano inteiro de trabalho árduo para alunos, professores, funcionários e pais (se engana quem pensa que pai/mãe não têm nada a ver com essa história de escola. TEM SIM. No meu caso a participação e envolvimento com o processo educacional das meninas foi fundamental para elas e para mim também... mas isso é assunto para outra postagem). Não que o ano letivo  tenha acabado, pelo contrário, ainda temos mostra cultural pela frente (e, para alguns, também haverá a formatura), mas o musical avisa que as férias não vão demorar a chegar.
Foi uma preparação grande aqui em casa. Luísa eufórica, se vestiu duas horas antes de sairmos, Fiquei pensando que, aos meus olhos, ela nasceu sendo chapeuzinho vermelho, uma doçura de menina! Papai não pôde ir , viajando... mas ligou desejando boa sorte.
Bom, vamos ao musical.  Desde que as meninas eram bem pequenininhas, lá estavam as duas no palco... gatinha, leãozinho, espantalho, alegria, vento (sim, Lis vestiu de vento!), Drielly, anjo... E a gente sempre se emocionou muito, em todos eles.
O musical “Dom” (2008), foi de beleza e emoção sem igual, em 2009 nos divertimos  com “Os Super Fantásticos” em uma super produção de tirar o fôlego.
Esse ano contemplamos um mundo de fantasias em “o Vale Encantado”. Adaptação do nosso diretor (de teatro) para a obra de Oswaldo Montenegro. Sorte a nossa ter Diego ao nosso lado, pois transformou a obra de Oswaldo numa peça deliciosamente sublime.
A garotinha pobre, que passa pelas aguras da corrupção em épocas de dinheiro na meia e na cueca e enfrentando a dolorosa realidade de ser uma pedinte órfã , viaja para o mundo da imaginação com a ajuda de João Vigilante (ótima atuação da professora). Lá ela conhece vários personagens das histórias de ficção, convive com eles e aprende pelas mãos da fada azul a sonhar, sonhar sempre... e com coisas boas.

Com este enredo, começa o musical . Para quem não conhece o esquema das peças no La Salle, vale uma explicação: para cada personagem que se apresenta, entra junto uma turminha de estudantes caracterizados como a personagem da vez. Apresentam, saem do palco e voltam no final para os aplausos. Quem lê, pensa que é assim tão simples... mas não é, organizar essas 600 crianças em grupos no palco, dá o que fazer e é preciso fazer 4 sessões do musical.  E sai tudo perfeito.
Personagens caricatos, emocionantes, exagerados, realistas... cada um empresta sua personalidade  à personagem e lhes dão um toque extra. Todos foram brilhantes! Quem poderá duvidar  que Alisson seja um príncipe de verdade? Apesar da modernidade, da prancha de surf e do celular a tira-colo, ninguém poderá questionar a elegância vinda da realeza que tem a alma desse príncipe moderno. 


Acho que a Loyanne é mesmo aquela menina dócil. E a Fada azul não poderia ser outra senão a Valéria.
A Fada aliás, quem diria,  voou, mostrando que a produção só melhora a cada ano, fez cascata aparecer e até peixe de verdade tinha nesse mágico cenário.  Valéria brilhou!









Renato de Lobo Mau,  acabou emprestando ao lobo um “coração limpinho”, ele tenta ser mal, mas a gente conhece o Renato , né? ... A vovozinha muito das boazinhas, meio que abraçou a maternidade do vale encantado.


A Chapeuzinho vermelho, uma figura, esquecia o texto e só tremia diante do lobo.... Só podia mesmo ser a personagem da Luísa, minha “personal” Chapeuzinho. Claro que fiquei babando na cria quando a vi no palco... A alegria dela é contagiante.

Branca de Neve e Dunga engataram um romance. Um Dunga com sotaque meio candango, mostrando mais uma vez a grande diversidade dessa nossa terra formada por gente de todos os lugares. Carina e Bruno deram um show...

Malévola não desiste mesmo... Sempre volta com seu sombrio mal humor xexelento e bem sarcástico... arrumou ajudantes , um deles ainda está “in side”, mas já cresce com ambições bruxísticas. As novas bruxinhas são loiras, com um quê de anjo, bastará no próximo musical alguém lhes plantar a semente do bem e elas se transformarão, como num passe de mágica, em boas meninas.  Riqueza de detalhes marcaram a passagem das bruxas pelo palco. E, que bonitinho o cinto da Malévola com o bebê desenhado, lindo!

Um momento muito marcante e muito bem pensado foi  o do grande Gigante se aproximando do pequeno polegar. A atuação do professor Diego foi de tirar o fôlego e arrancou aplausos  emocionados da platéia, afinal quem nunca se sentiu um “anão”, mesmo sendo um gigante?

Gepeto e Pinóquio encantaram pela leveza das personagens... bonecos que ganham vida. Agora me diga, todas aquelas crianças eram bonequinhos mesmo, não eram? Eu juro que sim. Uma pena que o Augusto, meu amiguinho de 3 anos, não quis se apresentar, mas ele curtiu a apresentação lá da platéia.
Papai Noel apareceu... mas só dormia. 
O corpo de dança da escola também se apresentou, e que apresentação!!!! Momento forte, suavizado pelas bailarinas.











Como não perceber a banda? Por Deus, o que era aquilo??? Eu diria que foi um show à parte, um talento verdadeiro de todos.  Além de serem pessoas maravilhosas são também abençoadas pelo dom de dar vida às cenas. “Responda você” ,  é possível não se encantar? Uma pena que não consegui uma foto da banda toda, mas fica esse registro, quem sabe eu ganho uma foto do Professor Edsom ou da Gisele, ou do Diego, Dani Mafra... e posto aqui.....

O público esse ano estava um pouco diferente, foi a primeira vez que Lis e Dudu assistiram e não participaram, afinal já são grandinhos e saíram da  educação infantil.

Lis ficou encantada, entrou no clima, respondia a várias falas e perguntas dos personagens, como se estivesse na peça. Bonitinha...
Essa foi a nossa última participação em musicais, ano que vem não terei mais filhas na educação infantil, mas é bem provável que eu continuarei indo assistir  e levarei  as  duas comigo, claro.
Luísa ama Renato. Fato. Uma admiração que ninguém explica. Acho que é recíproco, porque olha o lobo mal tentando morder a chapeuzinho. Ele tenta morder, mas acaba dando um beijinho doce no rosto, os dois se abraçam e é como se dissessem um pro outro: “Como é bom estar perto de você!”
Esse amor de criança é muito puro, ficará na lembrança da pequena para sempre.
Depois da peça tem a sessão de fotos; Elisa e Eduardo quiseram ser fotografados também, acho que saíram da educação infantil, mas será que a educação infantil sairá deles? Espero que não, é lá que se forma o essencial para a vida adulta: a capacidade de continuar sonhando!
São muitas fotos, talvez amanhã eu as coloque aqui, mas não posso encerrar o texto de hoje sem colocar uma foto muito significativa para nós, daqui de casa. Essa aí:

Lucinete e Nathalia! Atuação perfeita. Perfomance impecável. As admiro muito e, no musical, brilharam junto com a turminha... sempre terão meu respeito e admiração.
E foi assim! Uma viagem maravilhosa que nos deixa tontos de alegria, meio ressaquiados de felicidade!!
Patrícia

PS: preciso parabenizar a todos pela realização da peça. Eu sei que não é simples, nem fácil. Mas todos os envolvidos cumpriram bem a missão!!!! parabéns do fundo do coração.

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