enquanto papai não chega...

_Mamãe, me ajuda a fazer um chantilly?
_Para?
_comer com leite condensado e morango...
_Hummmmm!!!

Equilíbrio

Ontem foi a aula experimental de equitação das Chicas. Foi uma experiência muito interessante.  Lu não se aguentava de ansiedade, e Lis foi mesmo pra ver "qual é a parada", já que prefere exercícios diferentes.
Lá fomos nós, de calça e bota no meio do calor de Brasília. A escola de equitação é muito bem equipada, ampla, bem cuidada... Gostei do que vi.
E gostei mais ainda da tal aula experimental, me surpreendi porque achei que seria tão somente uma avaliação do lugar, da proposta, uma voltinha no cavalo... que nada!!! Já foi uma aula completa, incluindo postura e equilíbrio. A concentração tem que estar "ativada", senão a aula não vira nada.
Como já era de se esperar, Lu saiu em êxtase e Lis com aquela cara de "ah, pode ser, tanto faz... prefiro estudar inglês".

Além dos beneficios da equitação, a aula se revelou uma excelente atividade física. As duas meninas sairam com o corpo bem cansado, suando... acho que exige-se muitos dos músculos também. Ficar em pé sobre o estribo e sem outro apoio, além de exigir treino, exige força, concentração e muito equilíbrio.
Acho que vai ser uma experiência boa. Pelo menos para dormir eu vi que foi bom, as duas jantaram as 18:30, escovaram seus dentinhos e as 19:00 ja estavam deitadinhas, quase fechando os olhos.

PS: não tem foto da Lis porque a máquina acabou a bateria. Mas eu prometo postar fotos dela em outra atividade.

"Orai e Vigiai"

"Orai e Vigiai"

Cada vez mais essa frase faz sentido pra mim. Sobretudo na minha vida materna. Quantas dores podem suportar o coração de uma mãe? a resposta é: MUITAS. Mas é injusto, mães não deveriam sofrer... Conclusão lógica!!!!!
As Chicas não passaram por nenhuma situação tão dramática, se compararmos com muitos casos que ficamos sabendo todos os dias, logo, eu nao passei nenhuma dor insuportável (aliás, passei vários sustos quando elas ficaram doentes, mas estou falando de outra coisa); o fato é que cada vez que elas esfolam o joelho, é na minha pele que sangra; cada vez que levam um pontinho no queixo é em mim que dói... vê-las sofrendo por qualquer motivo me entristece, me tira do centro, me causa dor.
 Não estarei perto em todas as quedas, ou em todo apuro, ou em toda rejeição que elas sofrerem... e, mesmo que estivesse, eu não poderia resolver tudo por elas, sempre. Quisera eu poder privá-las de todo e qualquer aborrecimento ou sofrimento. Não posso! E talvez nem deva, afinal os tropeços fazem parte do crescimento, da autonomia, da maturidade. São as quedas que as ensinarão muitas coisas, as tais "coisas da vida".
Cabe a mim educar, instruir, direcioner e... consolar, quando necessário.
Proteção demais estraga, proteção de menos judia... Onde será, Senhor, o limite entre um e outro?
Questões intermináveis. Fato!

PS: Elas são bem resolvidas com as pequenas frustrações da vida e tal, mas meu coração de mãe permanece em oração e vigilância, acho que para sempre.

Do tamanho de uma bactéria...

Acabou o horário de verão, finalmente!
As duas meninas, respeitando o horário biológico, levantaram super dispostas e procurando algo diferente no "ar" a respeito do final do horário de verão.
E discutiram a cor do céu, a cor do dia  ensolarado, o vento mais forte ou menos forte... conclusão: nada diferente a não ser o relógio.
A Luísa, que tem as idéias mais mirabolantes, concluiu: "Lis, foi uma mudança tão pequena, do tamanho de uma bactéria, por isso a gente não está vendo!!!!" .
Elisa concordou plenamente: "Isso, Lú, como não pensei nisso antes... acho que só com microscópio a gente conseguiria perceber".
E pronto, mistério resolvido!

Rio de Janeiro

As Chicas cismaram que querem ir para o RJ. Não há como convencê-las do contrário. Também passamos o mês falando que iríamos pra casa da madrinha Jojô e, de repente, mudamos de idéia... não dá, né?
Luísa entre lágrimas disse um sonoro: "Não é justo!".
É, pequena, na vida nem sempre as coisas são justas. Talvez a gente vá sim ficar uns dias no RJ, mas antes faremos um pit stop para ver a quantas anda a saúde das avós. E tudo vai ficar bem! Aqui, alí ou no Rio de Janeiro...

Acampamento

Faz tempo que as duas menininhas me pedem uma barraca. Eu sempre argumento dizendo que elas já estão grandes para usarem as "tocas" que vendem nas lojas de brinquedo que, em geral, vem cheias de bolinhas e são molengas etc e tal. A outra possibilidade seria a "barraquinha" que também é  vendida em lojas de brinquedos, mas são de tecido com uma estrutura de plástico ... elas já tiveram e eu nao gostei da experiência (a estrutura é ruim, seca e se quebra, o tecido se lavado, encolhe e nao entra mais).
Quando voltamos de férias elas começaram a falar, de novo, dessa barraca. Hoje passeando pela "feira dos importados", eis que paramos numa loja de artigos para camping e esportes em geral. Lá estava ela, a barraca, toda linda, montada e cheia de apetrechos. Nem eu me contive, achei uma graça. Imagine: barraca de camping para crianças. Descobri que essas barracas custam 1/3 do preço das outras (aquelas da  loja de brinquedos). Compramos a bendita e, chegando em casa, foram logo montando. Assistiram filmes la dentro, leram gibis e montaram a cama para o primeiro acampamento que acontecerá no próprio quarto delas, só pra sentir o gostinho de dormir numa barraca... Mas já combinaram com o amiguinho João Pedro de fazerem uma noite do pijama lá no quintal dele (ainda em dia indefinido), com mais barracas, mais crianças e muita diversão... e lá vamos nós, agora com barraca e tudo.
Coisas da vida de criança. Coisas das Chicas.

Os filhos que nos emprestam...

Normalmente não uso textos de escritores aqui no blog, por não ser o objetivo maior, mas esse texto colado aí embaixo foi enviado pela Carla, dentista das meninas e amiga nossa. É tão realista e tão lindo que decidi colar aqui pra quem quiser ler. Muito bacana. Começo a pensar nesse desapego, e acredito que gradativamente deve doer menos, afinal é o ciclo normal da vida. E que DEUS nos ajude, companheiras mães e pais... 


Filhos são do mundo
(José Saramago)
Devemos criar os filhos para o mundo. Torná-los autônomos, libertos, até
de nossas ordens. A partir de certa idade, só valem conselhos.
Especialistas ensinaram-nos a acreditar que só esta postura torna adulto
aquele bebê que um dia levamos na barriga. E a maioria de nós pais
acredita e tenta fazer isso. O que não nos impede de sofrer quando fazem
escolhas diferentes daquelas que gostaríamos ou quando eles próprios
sofrem pelas escolhas que recomendamos.

Então, filho é um ser que nos emprestaram para um curso intensivo de
como amar alguém além de nós mesmos, de como mudar nossos piores
defeitos para darmos os melhores exemplos e de aprendermos a ter
coragem. Isto mesmo! Ser pai ou mãe é o maior ato de coragem que alguém
pode ter, porque é se expor a todo tipo de dor, principalmente da
incerteza de estar agindo corretamente e do medo de perder algo tão amado.

Perder? Como? Não é nosso, recordam-se? Foi apenas um empréstimo! Então,
de quem são nossos filhos? Eu acredito que são de Deus, mas com respeito
aos ateus digamos que são deles próprios, donos de suas vidas, porém, um
tempo precisaram ser dependentes dos pais para crescerem, biológica,
sociológica, psicológica e emocionalmente.

E o meu sentimento, a minha dedicação, o meu investimento? Não deveriam
retornar em sorrisos, orgulho, netos e amparo na velhice? Pensar assim é
entender os filhos como nossos e eles, não se esqueçam, são do mundo!

Volto para casa ao fim do plantão, início de férias, mais tempo para os
fllhos, olho meus pequenos pimpolhos e penso como seria bom se não
fossem apenas empréstimo! Mas é. Eles são do mundo. O problema é que meu
coração já é deles.
Santo anjo do Senhor...

É a mais concreta realidade. Só resta a nós, mães e pais, rezar e
aproveitar todos os momentos possíveis ao lado das nossas 'crias', que
mesmo sendo 'emprestadas' são a maior parte de nós !!!

Habitat

Voltar das férias e reorganizar a casa é uma tarefa complexa, então quando as coisas começam a ser normais de novo a gente até respira aliviado. E, as "coisas" entraram nos eixos, hoje eu percebi.
Rotina retomada, uma série de decisões (simples) tomadas, horários encaixados...
Fim de semana com as duas e marido em casa, quer coisa mais normal que isso? quer coisa mais gostosa do que isso? "Somos nós, curtindo nós", como diz uma amiga.
E como curtimos! Foi um fim de semana super aconchegante e divertido, afinal não ha nada mais divertido do que ficarmos juntos...

seguindo...

Mais um lindo dia na capital do país.
É sério! Está um dia lindo aqui hoje. Levantei as seis da manhã, meio escuro ainda e foi possível ver o sol nascer. Veio um dia quente, muito quente por sinal.
É o fim da primeira semana de aula, readaptação de horários. Levantar cedo depois de dois meses acordando mais tarde, é um desafio para mim e para as meninas, especialmente para a Luísa. Acho que na semana que vem será mais fácil e logo logo acaba o horário de verão, para minha alegria.
Foi bom voltar a rotina. Faz bem! Oxigena o cérebro, abre novos horizontes de possibilidades... vida que segue.
Muita fé em Deus e força na vida!

A presença de DEUS.

Deus está conosco a todos os momentos, nunca duvidei.
Mas diante de uma visão dessas, a gente tem certeza e não é preciso nenhuma palavra, a contemplação por si já é uma pequena oração.
xx,

Novo verbo

Lu inventou um novo verbo: PUTUCAR. E tudo "putuca" a Luísa.

Etiqueta de roupa... putuca.
Sapato .... putuca.
Cabelo encostando / franja no olho....putuca.
Comida muito quente...... putuca.
Mochila pesada..........putuca.
Coberta, pijama, roupa, cheiro forte, amiguinho chato ..... putucação sem fim;

É um verbo que serve para expressar quase todo desconforto, ou "mal-conforto"  como ela mesma gosta de dizer. Aqui em casa a gente já adotou o verbinho, e vou dizer: é bem funcional.
xx

Viva Jesus em Nossos Corações. Para sempre!

Como elas gostam da escola!!!!
Lógico que é melhor assim, elas ficam tranquilas e seguras no ambiente escolar. Bom pra elas, bom pra mim.
Tudo muito novo nesse começo de ano, velhas amizades e novas experiências.
É bonitinho ver a autonomia que elas adquiriram (resultado da maturidade e de nosso empenho), são bem resolvidas, felizes e não se prendem as dificuldades, ao contrário vejo-as buscando soluções. Considero esse fato uma conquista.
A gente chega cedinho, faltando uns cinco ou dez minutos pra aula. É o tempo de participar da oração inicial e pedir bençãos para o dia que se inicia. Eu poderia ir embora e deixá-las ali rezando com as turminhas, mas prefiro permanecer e orar junto, abençoar e ser abençoada. Uma troca justa e deliciosamente leve.
"Viva Jesus em Nossos corações. Para sempre". Além de ser a frase final é também a senha de que as crianças estão indo apra as salas e, enfim, começarem as tarefas do dia. Hora da mamãe vir embora, cuidar de outras coisas... e como tem "coisa" pra cuidar!!!!!