o tempo

         Que o tempo passa rápido, todos nós sabemos. Mesmo assim nos surpreendemos quando olhamos o calendário e lá está o meio de agosto instalado, daqui para o natal é um pulinho. Fico observando as meninas, tão grandes, cheias de assuntos e conflitos.Quando foi que se tornaram meninas crescidas? Voltam da escola com as novidades e emoções novas. Um ir e vir tão intenso quanto infinito. No meio da rotina a gente esquece de dar uma pausa pra observar os pequenos detalhes da infância que vai, aos poucos, desaparecendo. Ontem Luísa lamentava que a madrinha Rita vai perder "toda" a infância dela, já que vai viver fora por um ano. Puro exagero da menina, pois a madrinha curte as duas desde que nasceram, de longe ou de perto... O que chamou a atenção é a intensidade da frase "toda a infância"; de fato ter a chance de ver as filhas crescerem e se tornarem cidadãs é um privilégio raro e hoje eu as observo quase que já com saudades delas pequenas. Elisa sempre tem uma frase racional para essas horas e me falou ontem antes de dormir: "Não se preocupe, mamãe, a gente sabe ser criança feliz, a gente aproveita bem nosso tempo", ela é uma fofa consciente de que a vida passa e é preciso aproveitar.

Essa música é bem isso que estamos falando: "tempo rei, ó tempo rei, ó tempo rei"... O tempo não para  e quando a gente vê, já foi!